"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!" Florence Nightingale

Pesquisar este blog

domingo, 5 de agosto de 2012

Banco de Leite de Campinas está com estoque baixo e busca doadoras (03/08/2012)

Autor: Amanda Romero

O último levantamento do Centro de Lactação – Banco Humano de Leite de Campinas, concluído no dia 31 de Julho, mostra que o estoque de leite humano, que serve de referência para Campinas e mais 20 municípios próximos, está baixo. Só em julho foram distribuídos 67 litros de leite para os recém-nascidos que necessitam dessa assistência, mas apenas 60 litros foram arrecadados nesse mesmo período. Desde maio, estes valores vêm se repetindo. Nos últimos três meses, a distribuição vem sendo maior do que a coleta, o que significa dizer que o estoque, mesmo baixo, está sendo utilizado para suprir a demanda.

“Durante os meses de férias e principalmente no inverno, o estoque do Banco de Leite cai”, conta a coordenadora do Centro de Lactação – Banco Humano de Leite, Cláudia Maria Monteiro Sampaio. Devido à baixa umidade existe a necessidade das lactantes aumentarem a ingestão de líquidos, principalmente de água, o que muitas vezes não ocorre. Durante esse mesmo período no ano passado, o Centro de Lactação conseguiu arrecadar 121 litros, o dobro.
A doação é necessária porque muitas mães acabam deixando de amamentar seus filhos por conta de dificuldades de manejo na hora da amamentação, o que acarreta fissuras nos mamilos e dor. Fatores que podem ser evitados com as orientações durante o pré-natal. “A decisão de amamentar surge no pré-natal. A mulher tem que desejar amamentar e no momento das mamadas é importante que ela permaneça tranquila, sem dor e sinta-se apoiada pelos familiares e, se necessário, por profissionais”, afirma a coordenadora.

Como algumas mulheres, quando estão amamentando, produzem um volume de leite maior que a necessidade do bebê, elas podem ser doadoras. O leite doado salva a vida de centenas de recém-nascidos, especialmente dos prematuros.

Alimento e proteção

O leite materno deve ser o único alimento do bebê até os seis meses de idade. Ele funciona como uma vacina, protegendo a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, pois é através dele que serão transportados os anticorpos. A criança que é amamentada tem menos chances de apresentar diabetes, doença celíaca, obesidade, respiração oral e asma, logo, a proteção da amamentação se estende em várias situações a vida adulta.

Além de todos esses benefícios, o leite materno ainda é uma alternativa mais prática e econômica para as famílias, pois está sempre pronto na temperatura adequada. Ele ainda não compromete a renda familiar. Dependendo da idade do bebê e em situações especiais uma criança pode consumir uma lata de leite a cada três dias.

Seja uma doadora
 
O Banco de Leite necessita e aceita doações durante o ano inteiro. Para doar é necessário que a lactante seja saudável, amamente o próprio filho e produza uma quantidade excedente de leite que será doado de forma voluntaria. A doadora recebe orientações sobre a coleta e estocagem do leite humano, que é realizada em sua própria casa e salva muitas vidas.

Basta que a mãe ligue para o Centro de Lactação, pelo telefone 3306-6039, momento no qual será feita uma triagem e preenchido um cadastro, além do agendamento da primeira visita domiciliar, quando será entregue o kit de doação (frasco estéril, touca e máscara) e a doadora fornecerá o cartão de pré-natal e/ou exames (hemograma e sorologias) realizados durante a gestação. O Banco de Leite irá a sua casa toda semana deixar o kit de doação e recolher os frascos com leite congelado doados.

Você também pode contribuir

Não são apenas as mulheres que podem ajudar o Banco de Leite Humano de Campinas. Homens, crianças e até idosos, qualquer cidadão, consegue contribuir. Além do leite materno o Banco também solicita a doação de frascos de vidro com tampas plásticas, que servem para o acondicionamento do leite. Basta que o doador pegue os fracos separados em casa, que iriam para reciclagem, e leve à unidade de saúde mais próxima de sua residência ou, ainda, para própria maternidade. Esse material será esterilizado e utilizado para a coleta. As doações de frascos também têm diminuído.

Desde a sua criação em 1993 até 2011, o Centro de Lactação recebeu 17.628,4 litros de leite humano, realizou 58.773 atendimentos e 13.452 mulheres foram doadoras exclusivas (leite da mãe para o próprio filho) e do Banco de Leite.
Antes da implantação do projeto, elaborado pela coordenadora Cláudia em sua residência médica, no local onde funciona o Banco de Leite existia na Maternidade a tentativa de se utilizar o leite humano, porém, o leite coletado era autoclavado e o espaço era composto por um frigobar e três ordenhadeiras elétricas a vácuo.

Cláudia conseguiu implantar o Banco de Leite Humano e criar um Centro de Referencia em Aleitamento Materno para o município e região em 1993, por meio de um convênio da Prefeitura, com o apoio da secretária de Saúde, e a Maternidade de Campinas. Nos anos seguintes a essa concretização foi observada diminuição na mortalidade infantil na instituição.

O Banco de Leite Humano de Campinas fica na Avenida Orosimbo Maia, 165, no 5o andar da Maternidade. O telefone é 19 3306-6039.

Enfermagem Simples: Resolução do Cremerj que proibia parto em casa foi...

Enfermagem Simples: Resolução do Cremerj que proibia parto em casa foi...:




Parto Normal |Foto reprodução internet.

A Justiça Federal no Rio de Janeiro suspendeu os efeitos das resoluções do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) sobre a participação de médicos em todo o processo de execução de partos em casa. O juiz federal substituto Gustavo Arruda Macedo, da 2ª. Vara Federal, deferiu a liminar em favor do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ).


“Inicialmente, salta aos olhos a incompatibilidade entre as resoluções Cremerj nº 265 e 266, e o tratamento dado à matéria pelos diplomar normativos federais. Em termos práticos, as resoluções terminam por dificultar, senão inviabilizar, o exercício da atividade de parteiras, portanto ao mesmo tempo em que proíbem a atuação de médicos em partos domiciliares, com exceção das situações de emergência, também vedam a participação das aludidas profissionais em partos hospitalares”, declara o magistrado em sua decisão... (Para ver restante clique no título)

Postagens populares